Quando falamos sobre o papel do farmacêutico, é muito comum atribuirmos a ele apenas a tarefa de dispensar os medicamentos. Outro pensamento bastante comum é associá-lo diretamente ao gerenciamento de uma drogaria. Porém, esse profissional tem muitas outras responsabilidades.
Além das variadas áreas de atuação, o farmacêutico possui um papel importante na sociedade. Se você quer entender um pouco mais sobre isso, continue esta leitura. Aqui, vamos explicar como esse profissional pode se mostrar essencial, não apenas nas farmácias, mas também fora delas. Acompanhe!

Conheça a evolução do papel do farmacêutico na sociedade
Antes de falarmos mais sobre o papel do farmacêutico, é importante mostrarmos como aconteceu a evolução da atuação desses profissionais. Pode-se dizer que a farmácia nasceu pela constante busca do homem por ervas e compostos na natureza que poderiam atuar como medicamentos. Alguns historiadores mostram que isso ocorria desde a idade das pedras!
Porém, a farmácia nasceu, de fato, com os boticários: pessoas que carregavam as chamadas “caixas de botica”, que serviam para transportar os compostos manipulados. Assim, os profissionais preparavam, vendiam e orientavam os seus clientes sobre o uso dos fármacos.
Com o passar do tempo, a indústria farmacêutica evoluiu e começou a preparar e produzir os medicamentos. Isso fez com que, por muitos anos, o público associasse o papel do farmacêutico apenas à venda, o que não é verdade. Essa evolução, claro, fez com que alguns profissionais de farmácia assumissem outras responsabilidades, além das ligadas diretamente ao cuidado do paciente.
Mas, então, o que esse profissional realmente faz? É o que vamos mostrar logo a seguir!
As responsabilidades do farmacêutico
Popularmente, o papel mais conhecido do farmacêutico é atribuído às rotinas da farmácia, como:
- trocar o medicamento por um genérico ou similar ― se essa for a vontade do paciente;
- gerenciar os documentos legais do estabelecimento;
- monitorar e adquirir insumos para o estoque;
- treinar e capacitar os demais atendentes;
- separar os medicamentos.
Porém, além de poder indicar alguns medicamentos e orientar quanto ao uso, o profissional também tem autonomia para:
- responsabilizar-se pela terapia do paciente, garantindo o uso seguro e eficaz dos medicamentos;
- realizar consultas farmacêuticas nas quais o paciente pode expor suas dúvidas, expectativas e receios sobre o tratamento;
- acompanhar o uso de medicamentos pelo paciente ao longo do tempo, tal como monitorar os resultados obtidos com o tratamento;
- manipular fórmulas.
Além dessas atribuições, é papel do farmacêutico oferecer atendimento no plano de atenção primária. Entre os procedimentos, ele pode aferir a pressão arterial e taxas de glicose e gordura no sangue, dar orientações e suporte aos portadores de doenças crônicas (como diabetes, hipertensão arterial, bronquite), entre outras coisas.
Dessa maneira, o farmacêutico deve promover, proteger e recuperar a saúde do paciente. Inclusive, precisa atuar na prevenção de problemas de saúde. Hoje em dia, esse profissional deve se preocupar também com a humanização do relacionamento, acompanhando o paciente de forma completa, não focando apenas no estado de saúde atual, ou recente, da pessoa.
E isso envolve muitos âmbitos, como levar em conta as crenças, experiências, expectativas, dores, preocupações dos pacientes e dos seus familiares ― ou cuidadores. Assim, se uma pessoa demonstra ter receio de consumir um tipo de substância, o farmacêutico deverá saber como conduzir o atendimento, entender os motivos dessa resistência e encontrar a melhor alternativa para o paciente.
Em relação ao uso de medicamentos, o papel do farmacêutico vai além de apenas orientar sobre a posologia e alertar a respeito das contraindicações ou efeitos adversos. Isso porque, também, deve acompanhar o paciente, além de se responsabilizar pelos resultados. Por exemplo, o farmacêutico pode se envolver mostrando qual o melhor horário para administrar a substância prescrita, sem que isso interfira no dia a dia do paciente.
Farmacêutico e seu papel social
Sabemos que muitas pessoas ainda têm receio de buscar orientação com um farmacêutico. Isso porque não é de conhecimento geral que esse profissional pode atuar em diferentes frentes, não só com a venda de medicamentos.
Porém, como falamos aqui, o foco desse profissional pode ser variado. Em todas as frentes, o paciente é colocado com centro de todo processo, e a atenção está voltada à saúde e à qualidade de vida de quem será atendido.
Ou seja, a promoção da saúde deve ser o objetivo principal, não os medicamentos. Muitos profissionais da farmácia já são “amigos da comunidade”, criando elos de confiança.
A lei a favor do papel do farmacêutico
O papel do farmacêutico é tão importante como profissional da saúde que é, inclusive, registrado em lei. Esses profissionais são os mais acessíveis à população e, desde 2013, ele está autorizado a atuar no cuidado direto. O que garante isso é a Resolução nº 585/2013 e a Lei nº 13.021/2014.
A primeira, criada pelo Conselho Federal de Farmácia, instituiu a consulta farmacêutica e regulamentou as atribuições do profissional. Já a segunda lei obrigou a mudança das farmácias que quisessem oferecer alguns serviços como a aferição de pressão, a terem um espaço físico mais reservado, como um consultório destinado ao atendimento farmacêutico, de modo mais personalizado ao paciente.
Neste artigo, explicamos qual é o real papel do farmacêutico. Caso tenha alguma dúvida sobre o tema, estamos à disposição para lhe ajudar. E, é claro, se precisar consultar um profissional de saúde, já sabe que em muitos casos esse profissional é o de mais fácil acesso para você.
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