Você consegue imaginar os impactos que a falta de acesso regular a medicamentos essenciais pode causar? Bem, segundo a OMS, cerca de 2 bilhões de pessoas (26% da população mundial) vivenciam isso na pele. Na contramão desse problema, o medicamento genérico surge como uma solução segura e eficiente ao entregar qualidade e acesso a tratamentos por um custo mais baixo.
Disponíveis em outras partes do mundo como Estados Unidos e Alemanha, foram instituídos no Brasil através da aprovação da Lei 9.787 em 1999, como parte de uma política pública de saúde inteligente e inclusiva. Nas farmácias, eles logo se destacam pela embalagem, mas, no quesito qualidade, possuem a mesma eficácia que os inovadores que lhes deram origem.
Aqui na Far.me, os genéricos têm também seu espaço e hoje vamos te apresentar um guia completo sobre a categoria. Continue a leitura!
Explorando o conceito: o que é medicamento genérico?
São remédios com exatamente as mesmas características (princípio ativo, dose, forma farmacêutica, validade) do medicamento de referência, produzindo no organismo os mesmos efeitos terapêuticos.
A diferença é que os genéricos não têm nome comercial, sendo vendidos pelo nome técnico do princípio ativo.
É importante ter em mente que esses medicamentos passam por rigorosos testes de qualidade – da indústria e da ANVISA – antes de terem seu registro e comercialização autorizados, sendo submetidos também a outras constantes avaliações de controle. Por esse motivo, podemos garantir que eles apresentam o mesmo padrão e eficácia.
Como o medicamento genérico é encontrado no mercado?
É possível reconhecer um medicamento genérico de duas formas: pela tarja amarela e pela ausência de um nome comercial.
De fato, as caixas de medicamentos genéricos possuem uma tarja amarela com a descrição “medicamento genérico” e uma letra “G” maiúscula.
Como vimos, o próprio princípio ativo também identifica esse medicamento. Em outras palavras, ele não possui um nome comercial. Por exemplo:
- A versão genérica do Tylenol ® (Paracetamol) é encontrada no mercado com o próprio nome “Paracetamol”.
- A versão genérica do Clavulin ® é “Amoxicilina + Ácido clavulânico”.
👉 Vale lembrar que o que chamamos de “princípio ativo” dos remédios nada mais é do que a substância que gera os efeitos esperados. Para saber mais sobre esse e outros conceitos, confira este artigo!
As outras classificações: o que são medicamentos de referência e similares?
Medicamentos de referência
É o primeiro medicamento a comercializar uma nova fórmula ou molécula, desenvolvida após muitos anos de pesquisa e testes.
Os laboratórios que criam os medicamentos de referência (também conhecidos como “inovadores” ou “originais”) possuem o direito exclusivo de fabricação e vendas dos mesmos durante alguns anos. Como exemplos, podemos citar o Tylenol ® e o Clavulin ®, que mencionamos há pouco.
Medicamentos similares
Já os remédios similares também têm nome de marca, assim como o mesmo princípio ativo, dose e indicação de uso dos de referência. No entanto, podem não ser uma cópia idêntica, contando com algumas diferenças, como a forma farmacêutica. O similar é apenas equivalente ao de referência, não sendo intercambiável ao genérico ou a outro similar.
👉 Desde 2014, a Anvisa exige que todos os similares passem por testes de equivalência para comprovar que eles são tão seguros e eficazes quanto os de referência.
Você sabia? Curiosidades sobre os nomes das fórmulas 💊
É interessante acrescentar que os nomes dos medicamentos de referência e similares são denominações comerciais criadas pela indústria para serem atrativas, e geralmente estão relacionadas à utilização/finalidade do remédio.
Relativamente fáceis de serem memorizados, esses nomes são os mais lembrados pelos pacientes e até mesmo pelos médicos. Como mencionamos, os nomes comerciais muitas vezes sugerem uma característica do medicamento. Exemplos disso são o Lisador e a Doralgina, que têm efeito analgésico (para amenizar a dor). Por sua vez, o Pondera é um antidepressivo e o Musculare, um relaxante muscular.
O nome comercial também pode ser somente uma versão abreviada do nome genérico do medicamento: esse é o caso do Minocin, uma abreviação de “Minociclina”.
👉 Leia Também: Medicamentos de uso contínuo: 10 coisas que você precisa saber
Segurança: o medicamento genérico é mesmo confiável?
Sim! Os genéricos são produzidos exatamente da mesma forma que os medicamentos de marca (princípio ativo, dose, validade), além de agirem da mesma maneira no organismo. A Anvisa fiscaliza rigorosamente sua produção e comercialização.
Vale destacar que eles só têm autorização para venda nas farmácias após rigorosos testes de equivalência. Ao longo do processo, voluntários são observados e realizam exames para avaliação de absorção, presença do princípio ativo no sangue e eliminação. A análise tem os remédios de referência como parâmetro de comparação.
Afinal, por que os genéricos são mais baratos?
Os custos baixos são possíveis porque os genéricos usam fórmulas já existentes, sem gastos para a descoberta de princípios ativos ou testes em humanos.
Diferentemente dos laboratórios que desenvolvem as fórmulas originais, os fabricantes de genéricos já têm a “receita” pronta e disponível. Vale lembrar que a lei determina que eles devem ser ao menos 35% mais baratos do que os remédios de marca.
O papel do farmacêutico na dispensação dos medicamentos genéricos
Com conhecimentos especializados, o farmacêutico é o profissional responsável por prestar informações sobre os medicamentos genéricos e orientar uma troca de medicamento de marca/referência por um genérico.
Mas você tem o poder de decidir: o genérico é idêntico ao medicamento de referência em composição, forma de uso e prazo de validade. Mesmo que o médico tenha prescrito a versão de marca, é seu direito (garantido por lei desde 1999) receber com segurança o genérico do farmacêutico. Confie na qualidade e tenha a opção de economizar sem abrir mão da efetividade!
As vantagens do medicamento genérico
Custo Reduzido
Os medicamentos genéricos são mais acessíveis financeiramente do que os de marca, o que ajuda a reduzir os custos de tratamento para os pacientes.
Acesso Ampliado
Devido ao custo mais baixo, medicamentos genéricos ampliam o acesso ao tratamento efetivo, permitindo que mais pessoas possam se beneficiar de resultados de sucesso em saúde.
Concorrência Saudável
A presença de medicamentos genéricos no mercado estimula a concorrência, o que pode levar a preços mais baixos tanto para os genéricos, quanto para os medicamentos de marca.
Inovação Contínua
A economia gerada pela escolha de genéricos pode permitir que os sistemas de saúde invistam em pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos e medicamentos.
Substituição Econômica
Em muitos casos, os médicos podem substituir medicamentos de marca por equivalentes genéricos, proporcionando economia aos pacientes sem comprometer a qualidade do tratamento.
Variedade e Opções
A ampla disponibilidade de medicamentos genéricos oferece aos pacientes uma variedade de opções para escolha, o que permite encontrar o medicamento que melhor atenda às suas necessidades.
Promoção da Saúde Pública
Medicamentos genéricos ajudam a promover a saúde pública ao tornar os tratamentos mais acessíveis, possibilitando que a população cumpra seus regimes de medicação de forma consistente.
Como podemos notar, os medicamentos genéricos são uma política de sucesso quando o assunto é acesso e segurança nos tratamentos de saúde – e não há nenhum motivo para desconfiança.
A Far.me também está do seu lado quando o assunto é tratamento de qualidade e oferece a opção dos medicamentos genéricos. Peça agora sua Far.me Box e conheça uma experiência de cuidado completa!