Já ouviu o termo “duplicidade” para falar de medicamentos ou essa palavra é nova para você? Pois é exatamente sobre ela que discutiremos no texto de hoje! Vamos conceituá-la, explicar como acontece e de que maneira a Far.me atua para resolver esse problema quando ele aparece. Curioso? Então continue a leitura!
Antes… O que é duplicidade no uso de medicamentos?
A duplicidade acontece quando utilizamos dois ou mais medicamentos compostos pela mesma substância ou por substâncias distintas, mas que realizam o mesmo efeito no nosso organismo.
Já imaginamos o que você deve estar pensando agora: “como isso acontece sem que ninguém note?” Calma lá, esse problema não é tão simples e é mais comum do que se imagina!
Vamos tomar como exemplo a vida de uma pessoa que possui muitos problemas de saúde, utiliza múltiplos medicamentos para tratá-los e frequenta médicos distintos. Ela não retorna a alguns desses profissionais há tempos e nem se lembra mais qual médico prescreveu determinados medicamentos. Todos nós conhecemos uma pessoa com esse perfil, não?
Essa situação, além de ser um desafio para o paciente, seus familiares e cuidadores, pode se mostrar um cenário propício para que erros de duplicidade aconteçam.
Veja bem: além da cena descrita, os medicamentos podem ser comercializados com marcas ou nomes diferentes, como referência, similar e genérico. No momento da prescrição, aquisição e uso desses remédios, pequenas confusões podem ser feitas, de modo que o paciente utilize a mesma substância – ou substâncias correlatas – duas vezes ou mais.
Por isso, mantenha uma lista atualizada de todos os medicamentos em uso – incluindo aqueles que não precisam de receita – e leve-a em todas as consultas! Com os médicos e farmacêuticos, procure saber também para que serve cada um dos itens prescritos, assim como se o novo medicamento não é igual a nenhum outro da sua lista! Essa ação ajuda a prevenir a ocorrência do erro de duplicidade.
O que acontece quando existe um problema de duplicidade na Far.me?
Uma das muitas vantagens em ser cliente Far.me – ou Far.membro, como nós chamamos por aqui – é o serviço de revisão da farmacoterapia, incluído na nossa assinatura.
Nele, todas as prescrições e medicamentos em uso são analisados por uma equipe de farmacêuticos, que prezam pela segurança do paciente. Dessa forma, são detectados possíveis problemas (dentre eles a duplicidade) e elaboradas ações para resolvê-los antes que atinjam nossos pacientes.
Confira agora um caso real de duplicidade que ocorreu com nossos Far.membro, o sr. Francisco, e como nossa equipe agiu para solucioná-lo:
Darifenacina e solifenacina são substâncias que pertencem à mesma classe farmacológica e são utilizadas para incontinência urinária. O uso de ambas simultaneamente pode levar ao agravo de reações adversas, como alucinações, taquicardia, constipação, confusão e retenção urinária.
Além disso, candesartana e olmesartana também são substâncias pertencentes à mesma classe e são utilizadas para hipertensão arterial. O uso desses compostos em conjunto pode provocar hipotensão, o que resulta em tonturas, vertigem e até mesmo quedas!
Mas agora você deve estar se perguntando:
Como resolver a duplicidade?
Quando um problema como esse acontece, entramos em contato com o paciente ou seu responsável e informamos o possível problema encontrado. Mas não paramos por aí: se o Far.membro preferir, contatamos também o médico a fim de entender melhor a prescrição feita por ele e adicionamos nossas sugestões!
No caso do Sr. Francisco, entramos em contato com os responsáveis e com o médico, que não sabia de todos os medicamentos que seu paciente utilizava. Como resultado, um dos medicamentos que estava em duplicidade foi suspenso!
Como evitar que erros de duplicidade aconteçam com você?
Durante a consulta, existem algumas perguntas-chave que podem ser feitas para te ajudar não só a entender melhor o seu tratamento e segui-lo da maneira adequada, mas também a identificar problemas de duplicidade, prevenindo que eles ocorram. Confira:
Depois de tudo isso, ficou alguma dúvida ou algo que você gostaria de saber mais? Então não deixe de enviar uma mensagem com a sua pergunta para a gente!
Colaborou com este artigo: Gabriela Campera | Suporte Clínico
Referências:
- Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos. Estratégias para envolver o paciente na prevenção de erros de medicação. Boletim ISMP Brasil. 2019;8(3):1-9. [acesso em novembro 2021]. Disponível em: https://www.ismp-brasil.org/site/wp-content/uploads/2019/05/Boletim-ISMP-Brasil_Estrategias-para-envolver-o-paciente.pdf
- Moraes EN, Reis AMM, Lanna FM. Manual de Terapêutica Segura no Idoso. Ed. Folium, 2019.
- UpToDate.com, acessado em novembro de 2021.